domingo, 26 de junho de 2016


É o teu corpo que, todos os dias, a sós na escuridão do quarto, continuo a amar. Nem que seja outra mulher, nem que seja outro suor. É o teu corpo que, todos os dias, a sós na escuridão do quarto, continuo a amar. A sombra dos teus olhos. Como se me soubesses por detrás da pele. Sabes-me.
Sou-te. A geometria perfeita das tuas sobrancelhas. Como se te quisessem proteger do que vês. Dependo-te.

Pedro Chagas Freitas, in "A PELE DO MEDO"