quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016


Ela pega a bolsa, ajeita a blusa e vai
Vai correndo pela rua feito um trem
Sem olhar para nada nem ninguém
Sem freio vai enfrentando o atrito do ar
Vai sem conseguir nem ao menos respirar
Ela só pensa em alcançar aqueles braços
Percorrer com a língua todos os seus traços
Vai correndo porque quer penetrar em outra pele
Falecer num gozo que a revele.

Paula Taitelbaum