quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016


Ajoelho-me junto à cama enquanto dormes. Vejo-te como se fosses uma folha em branco — e no entanto dando a ler o que nela ainda não foi escrito — onde vou escrever e desenhar não sei que signos, não sei que marcas do meu amor intenso. Ajoelho-me junto do teu sono como se mergulhasse num rio pacífico e deixo-me levar, até adormecer também, nas águas do teu corpo que, dormindo embora, marulham na margem que me sinto enquanto dormes e, sem te tocar, nos possuímos. Respiras ou é uma brisa ligeira que ouço e nos une? Como eu desejo, nesses momentos, ser apenas o teu sono!