terça-feira, 14 de abril de 2015

A cama



a cama dobrada sobre mim;
silhueta a levar-me
para o verde dos teus olhos
e a ternura colada aos gestos.



o horizonte dos lençóis,
a canção ao fundo,
a recolherem-me aos teus braços,
à memória úmida dos teus braços,
à tua voz suave a dizer-me
quantos oceanos se pode atravessar
numa viagem inequívoca.


Silvia Chueire