Talvez eu ande em busca do tesouro,
da tua verdade!
O tesouro escondido e inesgotável
que a mulher tem oculto nas suas entranhas,
e onde jamais se saberá onde começa a realidade e acaba o mistério.
Como se a mulher,
o mais perfeito dos animais,
pudesse ser vista por fora — quantas vezes,
pois se multiplica!— e por dentro,
e sempre e também imaginada.
O seu mistério alucina quem já está alucinado.
O teu mistério alucina-me
porque já estou alucinado?
Tu. O meu pé e o teu pé em busca
de uma certa glória!
Casimiro de Brito