Não se faz amor.
O amor vai nascendo, ocupando espaço no corpo
de quem se ama e é ele que nos faz.
Antes somos lives e depois também —
mas enquanto o amor se faz invade-nos
e vamos deixando de existir.
Passamos então a ser,
deslizando como um rio,
partes de outra coisa.
Casimiro de Brito