domingo, 20 de agosto de 2017


Entro no teu corpo árvore
felina
como quem visita um templo
vegetal uma ilha impregnada
pelas especiarias mais raras
do sol e do mar. Ascendo em bocas
que bebem a minha seiva em dunas
que me lavam e queimam
humildes. Armas tão frágeis
as que temos: o mel a saliva o
sêmen. Caminho
na luz obscura
com as mãos vazias
de quem nasce de novo. 

Casimiro de Brito